Somos constantemente bombardeados com informações. Imagens, sons, pensamentos que chegam a nossas cabeças para, às vezes, nem deixar marca e ir embora, para outros. Mas será que deveria ser assim?
Talvez a coisa mais importante na nossa vida seja tentar evitar que isso aconteça. É preciso sensibilidade para perceber certas coisas que fazem a vida se tornar única e especial.
É preciso sensibilidade para se deixar emocionar com um pôr-do-sol, uma musica tocada na hora certa por alguém especial ou um ilustre desconhecido que tenha adivinhado o que você precisava ouvir.
Uma sensibilidade maior ainda é necessária quando precisamos perceber algo que não gostaríamos de enxergar, algo feio, errado, que precisa de uma solução. Como ver um mendigo dormindo na rua, uma mulher sendo estuprada ou ainda uma pessoa apanhando.
Por que é tão difícil enxergar aquilo que não queremos ver e tão fácil simplesmente olhar para o lado quando a visão não te agrada? Por que compaixão, solidariedade e sensibilidade são sentimentos tão mais difíceis de sentir do que raiva, inveja e descaso?
A resposta pode ser tão difícil de encontrar quanto era para Hitler encontrar algo em comum entre ele e os judeus. Ou talvez não seja. Talvez eu queira que seja me recusando a acreditar que tem gente que simplesmente não liga.
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