sábado, 30 de agosto de 2008

Estereótipos

Sinto-me como os índios brasileiros,
Que estereotipados foram por burros
Eu sou o incompreendido nativo
Que discriminado foi por cegos

Quem era o selvagem afinal?
Hereges?
Não! Absurdo esse dito!

Imperialismo português,
Que chegou cheio de preconceitos,
Que não soube valorizar
A verdadeira beleza de um mundo novo
Que não soube dar a devida importância
A crenças e costumes diferentes.

Catequese sem razão
Opressão sem significado
Matança desnecessária

Nova raça?
Nativos bárbaros?
Costumes absurdos?
Canibalismo nojento?
Almas perdidas?
Não.
Apenas diferenças.






"Quem é o homem? E o monstro, quem é?" O Corcunda de Notre Dame

domingo, 17 de agosto de 2008

A Luta

A capacidade de fazer algo quando estamos focados, concentrados. A felicidade de conseguir o que mais queremos na vida. Sentir-se confiante, capaz.

Afinal, o que faz aquilo tão importante pra nós? A necessidade de falarmos que conquistamos nosso objetivo ou motivos nobres como podermos seguir com nossas próprias vidas e finalmente concretizarmos o sonho clichê de sermos protagonistas de nossa vida, autores de nossa própria história?

E quando nosso motivo é nobre, estamos decididos e concentrados e, ainda assim, a vida descobre um jeito de nos derrumar, de testar o quão forte nós somos ou até onde iremos para conseguir o que queremos? Difícil saber o que fazer, decisão que nos pesa o coração e a conciência. É a hora de provarmos que estamos aqui para lutar até o fim, seja da batalha ou das forças.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Banho

Anita chorou. Deixou que rolassem as lágrimas junto da água do chuveiro, que levassem embora todo o peso que sentia nas costas, toda a tristeza no peito e as palavras entaladas na garganta. Ela estava sem rumo, pela primeira vez não sabia o que fazer para contornar o problema, não tinha uma solução para o que estava por vir, nem tinha argumentos para contestar.

Ela sabia que sua vida dependia disso, que todo o seu futuro seria decidido nequele momento. E ainda assim não sabia o que falar... Tiago dizia que ela não tinha coração suficiente para combater, que a revolução dela acontecia em sua mente apenas. Ele sabia que não era verdade, dizia isso quando precisava que ela se movimentasse, que agisse. Sabia que era seu incentivo para mudar o mundo.

Parece que nem isso adiantou dessa vez, pois sofria calada a falta da estrada, afinal, ela tinha um objetivo, mas não o caminho para alcançá-lo. E naquele momento pareceu que ela não tinha era nada, nem mesmo vontade... aos poucos a água foi diminuindo e os últimos pingos foram suas lágrimas, as últimas, que só fizeram avermelhar seus olhos.

sábado, 2 de agosto de 2008

Desconectar-se

É um sentimento que sufoca, uma vontade de estar longe daqui, de estar com outras pessoas. Quero sair de casa, mudar de cidade, não ter que suportar as pessoas e o clima daqui. Agente não devia ser obrigado a viver em lugar nenhum... quero poder colocar minha mochila nas costas e andar sem rumo por aí, parar onde eu quiser, viver com as pessoas que mais me agradarem, ser quem eu quero ser, sem essa hipocrisia e esse dever de ser quem esperam que agente seja. Quero ser livre para pensar, agir, amar, falar.
Quero fazer de tudo para ir embora, mas também para não magoar quem fica. Não sei se sentiria falta daqui, ou de quem eu tenho aqui. Sei que pessoas são insubstituíveis. Sei, porém, que se morrêssemos de saudade eu não estaria mais aqui.





"Eu quero ir embora
Eu quero dar o fora" :)