sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Modernidade Líquida

Pessoas descartáveis
Realidade passageira
Relações instantâneas
Solidão desesperadora.



Eu quero gente. Gente de verdade, que não tem medo de andar nas ruas, que não tem medo das brincadeiras das crianças vizinhas, que valoriza a união e o fortalecimento dos laços de amizade. Quero um povo que ainda acredita em uma comunidade, que convive com os outros e não se isola na frente da televisão, que prefere sair pra beber e conversar em vez de se trancar dentro de casa com as conversas no computador.


Eu tenho medo... De que esse vírus seja espalhado e que, algum dia no futuro, não saberemos mais lidar com as pessoas, seremos escravos de nossa própria solidão, vivendo com medo de tudo e de todos, aterrorizados com a idéia de realmente sentir algo verdadeiro por alguém, quem quer que seja.


Eu quero amor e tudo que venha no pacote... Proximidade, confiança, respeito, amizade... E quero liberdade para ser quem queremos e podemos ser, e não robôs controlados e obedientes. Não quero “chips” em nossas cabeças, quero consciência. Não quero sentimentos entalados e passageiros, mas verdadeira companhia. Não quero “e-mails” rápidos e frios, quero abraços e olhares. Não quero ser prisioneiro de minha própria casa, quero vida.













"As grades do condomínio
São pra trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão" O Rappa - Minha Alma

domingo, 14 de setembro de 2008

Clandestinos

Ele me morde a boca
Me aperta o peito contra o seu
Desliza as mãos nas minhas costas
E me puxa o quadril
Me arranca um arrepio
Quando me beija o umbigo
O fogo queima o corpo
E me dá um frio na barriga
Ele me aperta a nuca
E trás minha boca pra perto da sua

Na loucura do desejo nos perdemos
E deliramos de paixão.