quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Ah... o Blues
O copo de uísque suando na mesa; o charuto apoiado no cinzeiro esfumaçando a sala, deixando seu cheiro tão característico; o corpo encostado na cadeira, a cabeça pendendo para trás; o som ensurdecedor do sax. Era só assim que ele conseguia pensar, colocar os pensamentos em ordem, o coração no lugar. O blues era seu refúgio, um porto seguro para sua alma. Ele só ouvia os instrumentos, acreditava que eram eles a essência dessas músicas, que a letra era desnecessária. Quem contrariava? Afinal o blues vai direto para a alma, não precisa de intervenções cerebrais...
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